segunda-feira, 30 de maio de 2016

E a Pedagogia?!


Resultado de imagem para cognição desenho            Durante os anos de graduação de fonoaudiologia, sempre me vi fascinada pelos processos de aprendizagem e desenvolvimento infantil. Quanto mais conhecia os processos de aprendizagem, os atrasos e distúrbios de aprendizagem, mais me fascinava.
            A pedagogia entrou na minha vida logo após concluir minha graduação. Surgiu como uma curiosidade de compreender o processo de ensino-aprendizagem sob um olhar pedagógico! Para somar conhecimentos e aprimorar minha formação decidi então por iniciar uma nova graduação. Tenho me encantado cada dia mais!
            Posso dizer que, além de teóricos como Jean Piaget e Lev Vygotsky, tenho como referência para meu trajeto na educação Maria Montessori. Sempre fui fascinada pela sua metodologia e a cada dia me encanto mais. Os objetivos individuais que o método propõe são fazer com que a criança encontre um lugar no mundo, desenvolva um trabalho gratificante e nutra paz e densidade interiores, para ter capacidade de amar.

       
Material dourado criado por Maria Montessori: Desperta no aluno concentração e interesse. Além de auxiliar no desenvolvimento da inteligência e imaginação criadora.

Ensino Médio


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            Meu ensino médio foi inesquecível! Mais uma vez mudei de escola, dessa vez foi mais fácil ainda de me adaptar, pois alguns amigos foram junto comigo. Fiz novas amizades (que trago comigo até hoje), amadureci e criei mais responsabilidades. O objetivo principal dessa escola era: Aprovação no vestibular! De acordo com a lei de diretrizes e bases da educação (Brasil, 1996), “o ensino médio permite o ingresso no ensino superior, mas não tem como objetivo a preparação para o concurso vestibular, e sim o desenvolvimento global do educando e a preparação básica para o trabalho e a cidadania”. Mas não foi bem assim que aconteceu. Esses anos foram de muita pressão, parte pelos professores, parte por mim mesma.

            Nossas aulas eram exclusivamente expositivas, com a utilização de livros, cópias de conteúdos nos cadernos. Os professores tinham muita “pressa” de passar o conteúdo, os laços afetivos e a relação aluno-professora eram muito distantes. Para Oliveira e Alves (2005), a relação aluno-professor se torna fundamental para que os alunos tenham uma formação completa. É imprescindível que o professor proporcione aos alunos diversas situações e desafios que os auxilie a desenvolver suas competências, habilidades e comunicação.
            As propostas de interdisciplinaridade ainda eram poucas, e quando presentes estavam relacionadas a viagens de campo. Nesse período tive a oportunidade de viajar pra outras cidades com meus amigos, foram viagens inesquecíveis! A finalidade era de aprender além do ambiente de sala de aula.
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            Conhecíamos a história e os principais pontos turísticos. Além disso nos divertíamos muito! Durante a viagem deveríamos correlacionar de maneira contextualizada o que aprendemos na viagem e o conteúdo trabalhado em sala de aula. Ao final da viagem era solicitado um relatório que deveria ser interdisciplinar, com o intuito de exercitar e correlacionar os saberes adquiridos. Deste modo, engatinhamos o aprendizado de correlacionar os saberes, de contextualizar. Morin defende que o aprendizado bem estruturado é o resultado de um processo contínuo ao longo dos diversos níveis de ensino, em que a cultura científica e a cultura das humanidades podem ser mobilizadas. Para ele a mudança de pensamento permite ao aluno pensar de maneira mais abrangente e completa.
            Apesar de terem sido anos intensos e de muita pressão, foram inesquecíveis! Toda aquela correria serviu de aprendizado para a fase adulta! Hoje, recordo-me com muita saudade!


MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento; tradução Eloá Jacobina, 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, 128 p.

OLIVEIRA, Cynthia Bisinoto Evangelista de; ALVES, Paola Biasoli. Ensino fundamental: papel do professor, motivação e estimulação no contexto escolar. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 15, n. 31, ago. 2005

Ensino Fundamental II

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Resultado de imagem para natação desenho                       Pouco antes da 5ª série, me apaixonei pela natação! Foi a primeira atividade que me despertou dedicação. Comecei em uma turma “normal” com crianças da minha faixa etária, mas logo, em menos de 1 ano passei a fazer parte da equipe de natação da escola. Treinava de 3 a 5 vezes por semana, as vezes duas vezes no mesmo dia. Participei de todas as competições que pude. Guardo todas as medalhas até hoje, com muito carinho.
            Na 5ª série mudei novamente de escola. Além de ter que adaptar ao novo ambiente, fazer novas amizades... tive que me adaptar à nova dinâmica: um professor para cada matéria. No início foi bastante confuso, mas logo me acostumei. Permaneci nessa escola até a 8ª série, e diria que lá passei os melhores anos escolares.  
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            Apesar de ter vários professores, eles procuravam manter uma relação próxima e afetiva com os alunos. Com a divisão das disciplinas, se evidenciou cada vez mais o aprender fragmentado. Tínhamos diversas aulas em uma manhã, e cada professor se preocupava em ensinar seu conteúdo, sem correlaciona-lo a nenhuma outra disciplina.  Morin (2003), defende que o aprendizado bem estruturado é o resultado de um processo contínuo ao longo dos diversos níveis de ensino, em que a cultura científica e a cultura das humanidades podem ser mobilizadas. Assim, o autor considera que o nosso conhecimento é fragmentado em áreas específicas, e, portanto não temos visão do todo.
            Nossas atividades eram tipicamente tradicionais: cópias do quadro e uso de livros. Poucas eram as propostas de atividades interdisciplinares, as quais eram voltadas para aulas de campo, gincanas e feiras de ciências. Algumas vezes assistíamos filmes ou tínhamos propostas de aulas de campo: Bienal do Livro, Laboratórios da UFRN, Barreira do Inferno. Além disso, a escola organizava todos os anos gincanas e feiras de ciências. As gincanas eram momentos de descontração onde reuniam-se todas as unidades da escola, para competir, e eram realizadas atividades envolvendo todas as turmas. As feiras de ciências tinham a proposta de apresentarmos um trabalho que engloba-se várias disciplinas.  Passávamos dias nos organizando e trabalhando para que tudo desse certo e apesar de, na maior parte das vezes, pouco orientados, realizávamos trabalhos incríveis. Os anos que passei nessa escola foram inesquecíveis e ela se tornou o meu xodó! Criei laços que perduram até hoje!



MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento; tradução Eloá Jacobina, 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, 128 p.